Açúcar compensa soja nas exportações

Postado em 02/09/2016
O sobe e desce dos preços e das quantidades exportadas de produtos agropecuários está garantindo um bom saldo para a balança comercial neste ano.

As expectativas iniciais eram de receitas menores neste ano devido à redução internacional dos preços das commodities.

Passados oito meses, a balança comercial perde receitas em alguns produtos, mas ganha força em outros.

A líder soja, apesar do recorde no volume exportado neste ano, tem empate nas receitas, em relação às do ano anterior.

Segundo a Secex, as exportações de soja em grãos renderam US$ 17,9 bilhões no ano. O volume exportado soma 48,2 milhões de toneladas, 5% mais do que em 2015.

A perda de ritmo das receitas da oleaginosa, em relação às dos anos anteriores, é compensada, em parte, pelo açúcar e pelo milho.

Com o déficit mundial da produção de açúcar, em relação à demanda, os preços ganharam força neste ano.

Com isso, as receitas com o produto renderam US$ 6,12 bilhões nos oito primeiros meses, 27% mais do que em igual período anterior.

Outro setor de destaque é o milho, cujas exportações recordes de 15,9 milhões de toneladas renderam US$ 2,65 bilhões até agosto.

O volume de exportações do cereal cresceu 141% no ano, enquanto as receitas subiram 66%, segundo a Secex.

Etanol está quase lá
As vendas externas de etanol renderam US$ 713 milhões de janeiro a agosto. O valor encosta nos US$ 728 milhões do suco de laranja.

Os dados são da Secex, que indica evolução de 48% nas exportações de etanol e de 17% nas de suco de laranja no período.

Mauro Zafalon

Fonte: Folha de São Paulo