Brasil decide desligar 2 mil MW em usinas térmicas

Postado em 30/05/2016
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) determinou nesta quarta-feira o desligamento das usinas termelétricas com custo variável unitário (CVU) superior a 150 reais por megawatt/hora (MWh), o que representa a retirada do sistema de cerca de 2 mil MW médios.

Essas térmicas serão desligadas a partir do dia 7 de maio, em meio a uma melhora do quadro de oferta de energia hidrelétrica mais barata, após uma recuperação dos reservatórios, e num ambiente de queda no consumo pela crise econômica.

O desligamento implicará em uma economia ao sistema elétrico de 288 milhões de reais por mês, ou de mais de 2 bilhões de reais em 2016, segundo comunicado do Ministério de Minas e Energia.

Com a decisão, deixarão de despachar as usinas J. Lacerda C, Luiz Carlos Prestes L1, Euzébio Rocha L13. Luiz Carlos Prestes L13, J. Lacerda B, Rômulo Almeida, Nova Venécia, Governador Leonel Brizola L13, Aureliano Chaves, J. Lacerda A2, Barbosa Lima Sobrinho e Charqueadas.

Com a melhora nas condições de suprimento de eletricidade em relação à demanda, o governo vem determinando o desligamento de térmicas desde o ano passado.

Na primeira deliberação, em agosto de 2015, foram desligadas usinas com CVU superior a 600 reais por MWh. Depois, a partir de março deste ano, foram desligadas as termelétricas com custo acima de 250 reais por MWh e, a partir de abril, deixaram de operar as usinas com CVU maior do que 211 reais por MWh.

O desligamento das térmicas reduz o custo da energia e possibilitou a implantação, a partir de abril, das bandeiras tarifárias verdes, que não implicam em custo adicional aos consumidores.

Na reunião desta quarta-feira, o CMSE manteve o cálculo de que o risco de déficit de energia no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país é zero este ano.

Udop, com informações da Reuters (escrita por Leonardo Goy)