Etanol registra alta de preço pela 18ª semana consecutiva

Postado em 26/01/2018
O indicador semanal divulgado pelo instituto de pesquisa Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) nesta terça-feira (23) aponta que o preço do etanol hidratado registrou alta no preço pela 18ª semana consecutiva. 

Segundo levantamento semanal da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que monitora a tabela de preços dos postos de combustíveis em Campo Grande, dentre 40 empresas analisadas entre os dias 15 e 22 de janeiro, a variação chegou a 8,5% com menor preço cotado a R$ 2,99 e o maior R$ 3,24.

Entre os principais motivos do aumento está o período de entressafra para as usinas que apresentam oferta menor, além de estão negociando o preço com margem de lucro mínima.

Além disso, pesquisadores da Cepea avaliam que o aumento dos preços é resultado da antecipação dos negócios feitos pelas distribuídoras nas primeiras semanas de janeiro e a perda de competitividade frente à gasolina C, que registrou queda nos valores.

MIX COMBUSTÍVEL

Segundo informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), um estudo mundial realizado recentemente aponta que estão nas Américas 14 dos 66 países que possuem mandatos ou estudam adicionar combustíveis renováveis (etanol e biodiesel) aos fósseis.

Brasil e Paraguai praticam os maiores níveis de mistura, de 27% e 25% , respectivamente. Na sequência, por ordem, aparecem EUA (E15), Argentina (E12), Uruguai (E10), Colômbia (E10), Bolívia (E10), Peru (E7.8), Panamá (E10), Jamaica (E10), Costa Rica (E7), Chile (E5), México (E5.8) e Canadá (E5).

Na avaliação do diretor Executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, enfatiza que a adição de etanol à gasolina se constitui como uma das formas mais eficientes para se reduzir a dependência dos derivados de petróleo e a emissão de CO2 no transporte veicular. 

“O etanol, um produto barato, produzido em larga escala e sustentável, é o único combustível liquido capaz de emitir até 90% menos CO2 em relação à gasolina”, ressalta o especialista, lembrando que o Brasil, além da utilização do etanol hidratado puro, incorpora o biocombustível em sua matriz energética desde 1975, época do Proálcool.
 

Fonte: correiodoestado