Agronegócio paulista gerou cerca de 2 milhões de empregos
Postado em 10/05/2017
O PIB do agronegócio de São Paulo é calculado a partir da soma do valor agregado pelas “indústrias antes da porteira da fazenda” ou de insumos agropecuários, com participação de 5,6%; pela atividade “dentro da porteira da fazenda” ou agropecuária, com 11%; pelas indústrias “depois da porteira da fazenda”, com 40,7%; e pelos serviços diretamente ligados ao agronegócio, que representam 42,7% do resultado total.
A atividade primária, “dentro da porteira da fazenda”, impulsionou o resultado agregado, apresentando a mais expressiva variação do PIB (19,7%), com destaque para a atividade agrícola (25,4%), entre os elos da cadeia produtiva do agronegócio paulista em 2016. A forte recuperação no ano dos setores de cana e laranja - atividades em que o Estado é líder na produção nacional, com 57% e 73%, respectivamente, de todo o volume produzido no Brasil, aliado à recuperação da confiança do produtor a partir do segundo trimestre do ano passado, foram determinantes para o resultado apresentado no campo. Além disso, vale destacar que as culturas do café, soja, milho, banana, batata, amendoim, feijão e uva também tiveram um bom ano e deram impulso ao forte crescimento.
Em relação ao elo “antes da porteira da fazenda” (insumos agropecuários), o crescimento foi de 4,8% no ano, com destaque positivo para os insumos pecuários (8,2%) e alta também para insumos agrícolas (2,9%).
Quanto ao segmento industrial “depois da porteira da fazenda” (indústrias de alimentos, celulose entre outras), houve avanço de 5,9% sobre 2015, influenciado especialmente pelo ramo agrícola (6,8%). Observou-se alta no faturamento nas indústrias de café, produtos amiláceos, óleo de soja, açúcar, etanol e fabricação de papeis.
Para a indústria da pecuária, houve recuo de 0,9% no ano. No caso do abate de bovinos, o resultado foi pressionado pela redução de 4,6% nos preços e de 6,3% na produção. A fraca demanda doméstica limitou os preços da carne, e a crise econômica, com inflação ainda elevada e alto desemprego, levou a quedas nos preços reais de todos os elos da cadeia.
Empregos
O agronegócio paulista gerou, em 2016, perto de 2 milhões de postos formais de trabalho. Desse total, 17% correspondem à atividade agropecuária (dentro da porteira), 34% à agroindústria e 45% a serviços. O segmento de insumos absorveu cerca de 4%.
Fonte: Fiesp