Minas Gerais deve processar 72,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar

Postado em 02/05/2023

A produção de cana-de-açúcar do Estado de Minas Gerais deve alcançar 72,5 milhões de toneladas na safra 2023/24. O volume é 6% maior do que na temporada 2022/23, quando o Estado processou 68.132 milhões de toneladas.

A produção de açúcar também cresce 3% nesta temporada. A estimativa é de produzir 4,7 milhões de toneladas. A produção de etanol do Estado também cresce 6%, para  3.067 mil metros cúbicos. O destaque este ano é para a alta na produção do hidratado, que cresce 14% da safra 2022/23 para a atual. Serão produzidos 1.808.000 mil metros cúbicos, frente aos 1.579.262 mil metros cúbicos produzidos na temporada passada.

As informações foram divulgadas durante 6ª edição da Abertura da Safra Mineira da Cana de Açúcar, evento realizado na unidade Vale do Tijuco, em Uberaba pela Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) junto a SIAMIG (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais).

O presidente da SIAMIG, Mário Campos, afirmou que a safra de 2023/24 reserva expectativas positivas em relação à disponibilidade de cana-de-açúcar. “Nossa expectativa é que a safra 23/24 seja a maior da história de Minas Gerais. Nosso recorde foi em 20/21, quando alcançamos 70,8 milhões de toneladas de cana, este ano, a expectativa é de ultrapassar a marca de 72 milhões de toneladas. Quanto ao açúcar, é provável que consigamos chegar bem perto do recorde de produção de açúcar em Minas, cerca de 4,7/4,8 milhões de toneladas de açúcar e voltaremos a produzir acima de 3 bilhões de litros de etanol, produção considerável para o estado”, destacou.

Campos ainda destacou o protagonismo do açúcar no cenário atual. “Minas Gerais é o segundo maior produtor e exportador de açúcar do Brasil, cerca de 70% da nossa produção é exportada, enquanto 30% permanecem no mercado interno. O açúcar está passando por um ótimo momento no mercado internacional, o Brasil, provavelmente, fará uma de suas maiores safras de açúcar da história. Os preços estão bem remuneratórios, em razão dos problemas de produção com os nossos concorrentes. Este produto, este ano, tem puxado o preço e as empresas receberão um bom retorno, tanto no mercado externo, quanto interno “, completou.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que participou do evento, lembrou que o carro flex completou 20 anos no mês de março, além da importância do etanol. De 2003 a 2022, 300 bilhões de litros de etanol hidratado ajudaram a garantir o abastecimento no País. A utilização do etanol nos veículos flex evitou a queima de 210 bilhões de litros de gasolina, o que corresponde a 511 milhões de toneladas de CO2 em emissões evitadas somente com o uso do hidratado. 

“Isso equivale a captura de carbono de uma área de 3 milhões de hectares de floresta plantada. Para que todos tenham ideia do que isso representa, essa é uma área do tamanho da Bélgica”, destacou o ministro. 

Em Minas Gerais, de acordo com dados da SIAMIG, o setor é uma das mais importantes cadeias produtivas do agronegócio mineiro, com 36 usinas em produção, 108 municípios produtores de cana-de-açúcar e geração de cerca de 167 mil empregos diretos e indiretos.

 

Fonte: revistarpanews