Operadoras levam conectividade ao campo para atender o agronegócio

Postado em 13/05/2019
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De olho na demanda do agronegócio, as operadoras de telefonia estão levando soluções de conectividade ao campo. Aumento da área de cobertura também traz perspectiva de novos mercados para celulares e internet móvel.

“O grande desafio do agronegócio no Brasil é fazer uso das novas tecnologias existentes em máquinas e equipamentos. Para isso funcionar de forma efetiva, é preciso conectividade, que não existe em todas as áreas produtivas. 

A ideia é cobrir esse buraco”, declarou o diretor de negócios de IoT da Embratel, Eduardo Polidoro. Ele explica que o Grupo Claro Brasil tem desenvolvido projetos diretamente com produtores rurais. “Atuamos para levar aos clientes torres de transmissão e até soluções de energia solar, caso não exista energia elétrica disponível no local.” 

As soluções de conectividade e de internet das coisas (IoT na sigla em inglês) possibilitam ao agronegócio acesso remoto e envio de informações dos equipamentos, como tratores e colheitadeiras, permitindo monitorar o comportamento e produção da plantação e colheita.Polidoro conta que além de grandes produtores, os projetos contemplam cooperativas.

 “Trabalhamos de forma que não necessita de investimento do cliente. Pode ser operado por meio de um modelo de pagamento mensal. Ele será capaz de pagar com o próprio aumento de produtividade.”O grupo também atuará em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o instituto Eldorado no projeto Fazenda Conectada. 

“Iremos desenvolver novas soluções em conjunto e teremos um espaço com laboratórios em Jaguariúna (SP) para a realização de demonstrações, visitas e reuniões com potenciais clientes”, detalhou o executivo.

O responsável pela área de produtos corporativos e IoT da TIM, Alexandre Dal Forno, afirma que a operadora tem atuado nos últimos dois anos no segmento. “Trabalhamos para levar a tecnologia 4G para cobrir o campo. 

Temos três clientes e mais de 700 mil hectares cobertos.”A empresa está atuando em parceria com outra sete empresas de tecnologia e do agronegócio (AGCO, Climate FieldView, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec e Trimble) no projeto Conectar Agro. “A meta é atingir cinco milhões de hectares até o final do ano. O primeiro foco do projeto são os grandes produtores, mas também temos modelos de negócios para o pequeno e médio. A participação de cooperativas será importante para aglutinar esses clientes”, assinalou. 

O diretor de vendas de TI do B2B da Oi, Anderson França, avalia que a conectividade do campo sempre foi um grande entrave para a evolução da agricultura. “Agora a tendência é de se tornar um cultivo de precisão. A Oi está investindo na área, para entender o modelo de negócio e oferecer uma solução alinhada com as estratégias do produtor”, detalha. A empresa tem a concessão da frequência de 450 megahertz (MHz) nas regiões Centro-Oeste e Sul do País. “Essa faixa permite uma área de cobertura muito maior. É uma frequência específica para transmissão de dados, por isso ideal para o idioma das máquinas e tratores conectados”, explica.

TELECOMUNICAÇÕES  
Operadoras levam conectividade ao campo para atender o agronegócio
Utilização de tecnologias na lavoura cria a necessidade de expansão da cobertura de sinal de telefonia e internet, abrindo possibilidades de um novo mercado para as empresas do ramo
 Soluções de conectividade possibilitam acesso remoto e envio de informações aos equipamentos 
Soluções de conectividade possibilitam acesso remoto e envio de informações aos equipamentos.

De olho na demanda do agronegócio, as operadoras de telefonia estão levando soluções de conectividade ao campo. Aumento da área de cobertura também traz perspectiva de novos mercados para celulares e internet móvel.

“O grande desafio do agronegócio no Brasil é fazer uso das novas tecnologias existentes em máquinas e equipamentos. Para isso funcionar de forma efetiva, é preciso conectividade, que não existe em todas as áreas produtivas. A ideia é cobrir esse buraco”, declarou o diretor de negócios de IoT da Embratel, Eduardo Polidoro. Ele explica que o Grupo Claro Brasil tem desenvolvido projetos diretamente com produtores rurais. “Atuamos para levar aos clientes torres de transmissão e até soluções de energia solar, caso não exista energia elétrica disponível no local.” As soluções de conectividade e de internet das coisas (IoT na sigla em inglês) possibilitam ao agronegócio acesso remoto e envio de informações dos equipamentos, como tratores e colheitadeiras, permitindo monitorar o comportamento e produção da plantação e colheita.Polidoro conta que além de grandes produtores, os projetos contemplam cooperativas. “Trabalhamos de forma que não necessita de investimento do cliente. Pode ser operado por meio de um modelo de pagamento mensal. Ele será capaz de pagar com o próprio aumento de produtividade.”O grupo também atuará em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o instituto Eldorado no projeto Fazenda Conectada. “Iremos desenvolver novas soluções em conjunto e teremos um espaço com laboratórios em Jaguariúna (SP) para a realização de demonstrações, visitas e reuniões com potenciais clientes”, detalhou o executivo.

O responsável pela área de produtos corporativos e IoT da TIM, Alexandre Dal Forno, afirma que a operadora tem atuado nos últimos dois anos no segmento. “Trabalhamos para levar a tecnologia 4G para cobrir o campo. Temos três clientes e mais de 700 mil hectares cobertos.”A empresa está atuando em parceria com outra sete empresas de tecnologia e do agronegócio (AGCO, Climate FieldView, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec e Trimble) no projeto Conectar Agro. “A meta é atingir cinco milhões de hectares até o final do ano. O primeiro foco do projeto são os grandes produtores, mas também temos modelos de negócios para o pequeno e médio. A participação de cooperativas será importante para aglutinar esses clientes”, assinalou. O diretor de vendas de TI do B2B da Oi, Anderson França, avalia que a conectividade do campo sempre foi um grande entrave para a evolução da agricultura. “Agora a tendência é de se tornar um cultivo de precisão. A Oi está investindo na área, para entender o modelo de negócio e oferecer uma solução alinhada com as estratégias do produtor”, detalha. A empresa tem a concessão da frequência de 450 megahertz (MHz) nas regiões Centro-Oeste e Sul do País. “Essa faixa permite uma área de cobertura muito maior. É uma frequência específica para transmissão de dados, por isso ideal para o idioma das máquinas e tratores conectados”, explica.

O executivo afirma que o investimento necessário varia de projeto para projeto. “Depende muito das características da fazenda, se tem muitos morros, por exemplo. Estudamos tudo para fechar a conta em conjunto com o produtor.”Novo mercado Dal Forno pondera que ao expandir o alcance da cobertura, as operadoras também criam possibilidade de crescimento no mercado de telefonia e internet móvel. “Além das máquinas, você consegue incluir o agricultor e moradores. 

O mercado está saturado e o agronegócio é uma forma de ganhar novos clientes.”De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) 98,5% dos municípios do Brasil tem cobertura de 3G ou 4G. Polidoro entende que o avanço no campo traz um potencial de inclusão digital. “Temos um cliente que tem cerca de sete mil funcionários que agora têm acesso ao sinal e novos serviços A ideia também é levar 3G e 4G para fomentar a utilização local.”


Fonte: DCI