PIB do agronegócio deve crescer de 2,5% a 3% em 2016, diz CNA

Postado em 06/12/2016
São Paulo, 6/12 – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nesta terça-feira, 6, que o PIB do agronegócio terá crescimento de 2,5% a 3% ao fim de 2016. O resultado é considerado expressivo em virtude da recessão econômica enfrentada pelo País desde o ano passado, informa a entidade, por meio de comunicado. Economistas do mercado financeiro projetam retração de 3,43% no PIB do País este ano, conforme o mais recente Relatório de Mercado Focus, do Banco Central.

Segundo a CNA, que realizou nesta terça um balanço do agronegócio em 2016 e as perspectivas do setor para 2017, o setor deve elevar a participação de 21,5% para 23% no PIB e, hoje, representa 48% das exportações totais do País. Além disso, o agronegócio proporcionou 50 mil novas vagas nos primeiros dez meses do ano, enquanto os demais setores da economia cortaram 792 mil postos de trabalho.

Números da CNA mostram, ainda, que as vendas externas do agronegócio deverão garantir saldo comercial significativo ao País em 2016: US$ 72,5 bilhões. De janeiro a novembro deste ano, os 15 principais produtos do agronegócio representaram 38% do total das vendas externas do Brasil. Na avaliação da CNA, a agropecuária deverá continuar crescendo em 2017, liderando o início da retomada econômica do País.

Grandes desafios, contudo, ainda terão de ser superados. “Uma questão estratégica para o setor é a elaboração da lei agrícola plurianual, em contrapartida ao modelo em vigor, de programas anuais”, informa a CNA. Para 2017, a expectativa é de continuidade no crescimento do volume de exportações, com abertura de novos destinos para os produtos agropecuários e agroindustriais.

“O mercado global de commodities continuará marcado pela cautela relacionada à variação cambial e às incertezas políticas mundiais. A combinação desses fatores poderá influenciar a dinâmica e o fluxo do comércio global, criando desafios e oportunidades para o produtor rural brasileiro”, conclui a CNA.





Fonte: Istoé