Safra positiva traz recuperação de renda e emprego à região

Postado em 23/03/2017
A projeção para a safra 2017/2018 de cana-de-açúcar, que começa oficialmente em abril, é de 612 milhões de toneladas. Esta é a estimativa da consultoria Datagro, anunciada ontem (21), em Ribeirão Preto. 
Apesar de o volume ser apenas 1,1% maior do que o total de 605,5 milhões de toneladas moídos em 2016/2017, o número traz um cenário de recuperação de renda e emprego para as cidades da região.

“A projeção positiva da safra tem a ver com o clima e melhor aplicação de trato cultural”, afirma Plinio Nastari, presidente da Datagro. “Esse sopro de recuperação começa a irrigar a economia da região, como já acontece em Sertãozinho”, reforça.

Para Nastari, em um momento em que o Brasil está sofrendo o maior drama do desemprego, o setor sucroenergético é solução. “É solução para emprego, renda e meio ambiente.”

Emprego

Após apresentar saldo negativo de 5.105 vagas entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016, segundo o Caged, a indústria de base de Sertãozinho voltou a gerar emprego neste ano. Entre janeiro e fevereiro foram abertos 1.186 postos de trabalho.

Para o presidente do Ceise Br Aparecido Luiz, o saldo positivo é resultado do período de entressafra – a safra da indústria –, quando novos postos de trabalho temporários são abertos.

“Em 2016, tanto o açúcar quanto o etanol apresentaram preços mais competitivos, reaquecendo a indústria com pedidos de reforma e manutenção de máquinas e equipamentos”, diz. “Mas, essa melhora ainda está aquém do que o setor precisa para se recuperar e da sua capacidade de atender ao mercado”, reforça.

E, diante de uma expectativa de preços em patamares mais elevados dos dois produtos derivados da cana, Luiz acredita que a próxima safra da indústria terá um resultado melhor. “Acreditamos numa retomada lenta, mas persistente, revelando um setor mais equilibrado e amparado por planejamentos de curto, médio e longo prazos”, conclui.

Usina batatais

A Usina Batatais, primeira a dar início à safra 2017/2018, estima moer 4,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Na última safra, foram moídas 4,227 milhões de toneladas, ou seja, uma queda de 4% na produtividade do canavial, saindo de 91,9 toneladas por hectare na safra 2016/2017 para 88,2 toneladas por hectare na safra 2017/2018.

Segundo o grupo, a menor produtividade é explicada pelo regime de chuvas previstas para o período ter sido inferior à média histórica.

Para o grupo, composto pelas unidades de Batatais e Lins, a redução da moagem é de 2%, totalizando 7 milhões de toneladas. Já o mix de produção será 55% para açúcar e 45% para etanol. 
 


 Fonte: acidadeon